domingo, 24 de janeiro de 2010

A terra da garoa e da Clarice

Como assim? Que semana foi essa? Regada, literalmente, de muuita chuva e trânsito em São Paulo. Atoooron. Começou assim, quarta-feira, Mônica, Thiago, um cara que eu esqueci o nome e eu, fomos ao HSBC assistir "Non ma fille, tu n'iras pas danser". Filmes alternativos, sabecoméquiéné? Não entendi necas, mas gostei. A atriz principal parecia eu na TPM HAHAHA. A fotografia do filme é, de tão simples, linda de morrer.

Depois, como é de praxe de quando eu passo na Paulista, fui na Livraria Cultura saltitando, com dinheiro na bolsa destinado à um livro que eu li sobre em uma revista e me interessei muito.
Clarice, (sim, Clarice vírgula) é uma biografia da Clarice Lispector de "apenas" 647 páginas escrita por Benjamin Moser. Além dele, já que estou recentemente numa fase Clarice da vida, encomendei Perto do coração selvagem, também da Lispector, que eu pegava na biblioteca toda vez que passava na frente da mesma. E que da última vez, há duas semanas, quando o livro não estava disponível, decidi comprar um exemplar pra chamar de meu.
Eu nunca achei que ia gostar dos livros da Clarice. Quando li
A hora da estrela, no colégio, eu odiei. Talvez pela imaturidade do momento ou pela obrigação de ler para fazer uma prova. Mas, ano retrasado, após a insistência sutil de uma amiga carioca, Lica, de ler frases de seus livros, eu cedi. E quando, no final de 2008, eu estava tentando estudando na biblioteca e vi na estante ao meu lado Laços de família, abandonei as equações matemáticas e me entreguei ao livro, que adorei. A partir daí, me apaixonei e até cogito fazer uma tatuagem com uma célebre frase. "Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome".

O resto da semana foi bem... São Paulo. Choveu, aaah como choveu.
O dia inteiro. A marginal travou, tudo alagou, a cidade, o estado, o Sudeste ficou um caos. Ai, na Quarta à noite, a mesma carioca responsável pelo meu vício, me liga dizendo que está em São Paulo e que vamos (sim, ela, as melisseiras do flickr e eu) na SPFW. Topo, topo, topo, por que não? Ai, acordo na Quinta e... a marginal alagada. Adoro. Sem condições logísticas pra ir pro Ibirapuera o que me restou foi terminar de ver o meu super box de Sex and the city. Horas, dias gastos com a Carrie e o Mr. Big. Adoro!

Depois de um ataque monstro da minha gastrite, tudo aparece pra eu fazer né? Inacreditável o quanto uma doença pode ser sarcastica! Minha xará, Thuanne, me liga horrores na sexta à noite enquanto eu dormia pra evitar a dor da gastrite. Ela queria ir pra Dj, ou pro Milo, ou pra algum lugar. Infelizmente, não tava muito afim de vomitar em cima dela de novo (desculpa Thu) /interna. E na madrugada, minha outra xará, Thuanny, (gente, que mundo bizarro) me convida pra ir pra praia no sábado. Adoro antecedência HAHAHAHA. Não pude ir, por falta de recursos financeiros e saúde.

Bem, essa semana preciso fazer um novo projeto. Porque o tédio me deixa doente, fato. E que esse final de semana não me reserve nenhum ataque de gastrite inesperado. Se quiser me achar, só procurar um guarda-chuva verde limão aberto.